Viajar nos Livros - Afeganistão
- Sardine Ana

- 14 de jun.
- 2 min de leitura
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Livro

📖 O Menino de Cabul - Khaled Hosseini | 🌍 Afeganistão 1970-2001
O Menino de Cabul
por Khaled Hosseini

Uma história de raízes de sangue e de terra.
O Menino de Cabul leva-nos a viajar para um Afeganistão que hoje me é dificil de imaginar onde "Crianças atiravam bolas de neve, corriam, corriam umas atrás das outras, riam...vinha o som de vozes e gargalhadas.. havia telhados pejados de espectadores reclinados em espreguiçadeiras de lona, o fumo do chá quente a sair dos termos e a música de Ahmad Zahir a berrar nos leitores de cassetes".
Quando nasci, esse Afeganistão descrito nas primeiras páginas — com árvores em flor, risos soltos, papagaios no céu, crianças com infância e mulheres com direitos — já não existia. Hoje, ainda não existe. E o sonho de um Afeganistão livre, onde os afegãos possam viver com dignidade na sua própria terra, parece cada vez mais utópico.
A história de Amir e de Hassan leva-nos a viver um Afeganistão de tradições, de Nang e Namoos - de honra e orgulho-, de caos e de amor. Um Afeganistão que nos mostra que "Os afegãos são um povo com um forte sentido de independência, que adoram tradições mas abominam regras".
Mas nem tudo era idílico. A narrativa mostra-nos, com brutal honestidade, o que sempre foi — e ainda é — ser Hazara no Afeganistão. Este grupo étnico, descendente de soldados mongóis que se fixaram na região no tempo de Genghis Khan, carrega séculos de discriminação. Por serem, em maioria, xiitas num país maioritariamente sunita, os Hazaras enfrentaram perseguições que marcaram o seu destino desde o nascimento. Nunca foi fácil. Hoje, é ainda mais difícil.
No Afeganistão "o regulamento era simples: não havia regulamento. Lancem os papagaios. Derrubem o adversário. Boa sorte"
E assim também eu desejo também boa sorte a todos os Afegões. Que um dia possam recuperar o vosso Afeganistão. Livre, sem medo — mas, sobretudo, vosso. Inshallah.
Sempre vossa,
Uncanned Sardine






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